Publicação: 11/10/2013
O Dia da Criança entrou para o calendário nacional em 1925, decretado pelo então presidente do Brasil, Arthur Bernardes. Tal data foi escolhida para ser em 12 de outubro de 1492 porque Cristóvão Colombo chegou às Américas e descobriu um novo continente. Durante vários séculos, as Américas foram chamadas de “Continente-Criança”, já que surgiu para os europeus apenas no século XV. Mas foi só em 1960 que o Dia da Criança passou a ser realmente comemorado e a aquecer o comércio.
O marca de brinquedos Estrela e a Johnson & Johnson lançaram juntas em 1965 uma campanha comercial intitulada “Semana do Bebê Robusto”, que por durante anos foi o concurso de beleza infantil mais popular do país. A ideia deu tão certo que, nos anos seguintes, outras lojas e marcas passaram a fazer campanhas na semana da criança. Assim, o 12 de outubro se consolidou cada vez mais no decorrer dos anos.
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Para este ano, a estimativa é de crescimento. Segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), as compras no comércio devem crescer 4% entre os dias 6 e 12 de outubro, por ser considerada a semana da criança. É índice inferior ao dos anos anteriores, quando o crescimento foi de 4,85%, em 2012; e 5,91%, em 2011. Um dos principais fatores que explicam essa desaceleração foi a alta do dólar em agosto, período em que os varejistas fazem as compras para a data.
Para Ellizzaro Junior, presidente da CNDL, isso é explicado pela mudança no comportamento e gosto das crianças, que desejam presentes mais caros, como tablets e smartphones. Isso impossibilita os pais de comprarem outros itens. Já para a Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), a alta do dólar favorece a produção e venda de brinquedos tradicionais e nacionais, como carrinhos e bonecas, devido o encarecimento dos importados. Ainda segundo dados da Abrinq, cerca de 35% do faturamento anual provém das vendas no Dias das Crianças, enquanto o Natal representa 30% das vendas de brinquedos.