Publicação: 24/10/2013

O comércio varejista está em alta. Impulsionados por móveis e eletrodomésticos mais em conta, as vendas varejistas cresceram 1,9% entre os meses de junho e julho, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Oito das atividades pesquisadas pelo instituto tiveram crescimento na comparação mensal; entre eles, tecidos, vestuário e calçados, com aumento de 5,4%; móveis e eletrodomésticos, com crescimento de 2,6%; e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com 1,8%.

O instituto de pesquisa alega que parte do crescimento se deve ao programa “Minha Casa Melhor” que, vinculado ao “Minha Casa Minha Vida”, torna a compra de eletrodomésticos mais acessível. Segundo a economista do IBGE, Aleciana Gusmão, o programa de financiamento do governo injetou recursos no comércio que já repercute nas vendas imobiliárias e domésticas.
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Outro fator foi o barateamento do preço dos alimentos vendidos em supermercados. A queda global dos alimentos dos últimos meses fez com que o setor tivesse uma alta de 2,6% nas vendas no mês de julho e teve participação de 21,8% no desempenho do varejo. Segundo o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior, o aumento a partir de julho se deve ao comparativo com o mês anterior, quando vários estabelecimentos fecharam mais cedo por conta das manifestações em todo o país. Já se comparado ao mesmo mês no ano anterior, o aumento foi de 6%.
O avanço no varejo foi comemorado pelo Ministro da Fazenda, Guido Mantega, que viu o aumento como uma significativa recuperação do consumo no Brasil. “Isso mostra que a queda da inflação já está possibilitando que o consumidor tenha mais poder aquisitivo. O crédito também está melhorando um pouquinho e isso reflete nas vendas a varejo, que foram muito boas”, revelou o ministro.